Saudade que invade..

Há dois meses, perdi pela primeira vez um ente querido, quer dizer, a única pessoa que conheci e que cresci e que partiu. Já morreram alguns, dado que a vida é mesmo assim mas acho que a minha cabeça nunca foi assim nessa altura, ainda criança, muita coisa me passava ao lado. Nunca conheci os meus avós maternos, infelizmente. As pessoas dizem que sou bastante parecida com a minha avó e se tivesse tido a oportunidade de conhecê-la provavelmente teria a chance de me compreender finalmente, ou pelo menos um bocadinho. Cresci com as idas à praia com os meus avós paternos, na confortabilidade da casa e do jardim que eles próprios criaram e no meio de todos aqueles animais. A minha avó sempre foi a vaidosa, para ela era sempre importante estar bonita, apesar de, por acaso se chamar Deo linda. Talvez tivesses sido tu, avó, a me propor em tempos, que gostasse de flores e de animais, tanto como gosto agora. Tinhas sempre um gelado para mim ou uma bolacha naquelas tuas caixas que deixava...